Os tumores da cabeça e pescoço abrangem diversas condições que podem afetar estruturas como glândulas, tecidos moles, ossos e órgãos dessa região. Alguns são benignos, enquanto outros apresentam comportamento maligno, exigindo tratamento especializado.
Reconhecer os sinais precoces e compreender as opções de tratamento é essencial para um diagnóstico rápido e eficaz. Neste artigo, explicamos os tipos mais comuns de tumores da cabeça e pescoço, seus sintomas e as formas de tratamento. Confira!
Os tumores da cabeça e pescoço podem variar em gravidade e localização. Abaixo, apresentamos os tipos mais frequentes:
Os carcinomas de boca e língua são tumores malignos que afetam a cavidade oral, abrangendo gengivas, bochechas, palato, língua e assoalho da boca.
Esses cânceres são frequentemente associados ao consumo de álcool e tabaco, que aumentam significativamente o risco de desenvolvimento da doença. A má higiene bucal, infecções crônicas e fatores genéticos também podem contribuir para o surgimento desses tumores.
Os sintomas incluem feridas persistentes na boca que não cicatrizam, dor localizada, dificuldade para mastigar ou engolir e, em alguns casos, sangramentos. O diagnóstico precoce é fundamental para aumentar as chances de sucesso no tratamento.
Os tumores da faringe podem surgir em três regiões distintas: nasofaringe (atrás do nariz), orofaringe (parte média da garganta) ou hipofaringe (porção inferior). Esses tumores malignos frequentemente estão relacionados a infecções pelo vírus Epstein-Barr, pelo papilomavírus humano (HPV) e à exposição a agentes irritantes, como fumaça de cigarro.
Os sinais comuns incluem dificuldade para engolir, sensação de algo preso na garganta, alterações na voz, dores irradiadas para os ouvidos e perda de peso sem causa aparente.
O tratamento pode incluir cirurgia, radioterapia ou uma combinação de ambas, dependendo do estágio e da localização do tumor.
Os tumores da laringe afetam as cordas vocais e áreas adjacentes. São mais comuns em fumantes e pessoas expostas a substâncias tóxicas, como produtos químicos e poluentes industriais.
Esse tipo de câncer geralmente se manifesta por meio de rouquidão persistente, dificuldade para falar, sensação de irritação na garganta e, em estágios mais avançados, dificuldade respiratória.
Além do impacto funcional, esses tumores podem comprometer a qualidade de vida devido à importância da laringe na fala e respiração. A abordagem terapêutica pode incluir cirurgia, radioterapia e, em alguns casos, quimioterapia.
Os tumores nas glândulas salivares, como a parótida, submandibular e sublingual, podem ser benignos ou malignos. Embora sejam relativamente raros, os malignos exigem atenção especial devido à possibilidade de disseminação.
Os sintomas incluem nódulos ou massas indolores no rosto ou pescoço, dormência facial e dificuldade para movimentar a mandíbula. Fatores como exposição à radiação e predisposição genética podem estar relacionados ao desenvolvimento desses tumores.
O tratamento geralmente envolve cirurgia para remoção do tumor, complementada por radioterapia em casos mais graves.
Os tumores de tireoide são alguns dos cânceres mais frequentes na região do pescoço, especialmente em mulheres. Eles incluem diferentes tipos, como carcinoma papilífero (o mais comum e de evolução lenta), carcinoma folicular, medular e anaplásico (mais agressivo).
Os sintomas podem incluir nódulos palpáveis no pescoço, alterações na voz, dificuldade para engolir e, em casos mais graves, falta de ar. Fatores de risco incluem exposição à radiação, histórico familiar de câncer de tireoide e algumas condições autoimunes, como a tireoidite de Hashimoto.
O tratamento pode variar desde a remoção cirúrgica da tireoide (tireoidectomia) até terapias complementares, como iodo radioativo e medicamentos específicos. O diagnóstico precoce aumenta consideravelmente as chances de cura.
Os tumores da cabeça e pescoço podem apresentar sintomas variados, dependendo da localização. Entre os sinais mais comuns estão:
Ao notar esses sintomas, é fundamental procurar um cirurgião especializado em cabeça e pescoço para uma avaliação detalhada.
O tratamento dos tumores da cabeça e pescoço varia de acordo com o tipo, estágio e localização. Entre as opções disponíveis estão:
A cirurgia é frequentemente a abordagem inicial para tratar tumores da cabeça e pescoço, especialmente quando o objetivo é remover o tumor completamente. Em casos malignos, o procedimento também pode incluir a retirada de tecidos próximos ou linfonodos, caso haja risco de disseminação.
Além de remover o tumor, os cirurgiões buscam preservar ao máximo as funções vitais e estéticas, como a fala, a deglutição e a respiração. Procedimentos reconstrutivos podem ser realizados para minimizar o impacto estético e funcional após a cirurgia.
A radioterapia é uma opção altamente eficaz para tratar tumores malignos da cabeça e pescoço. Ela pode ser usada como tratamento primário, como em casos iniciais de câncer de laringe, ou como complemento à cirurgia, visando destruir células residuais que possam ter ficado após a remoção do tumor.
Técnicas avançadas, como a radioterapia conformacional ou a radioterapia de intensidade modulada (IMRT), permitem direcionar a radiação com maior precisão, reduzindo danos aos tecidos saudáveis próximos.
A quimioterapia é comumente indicada para casos mais avançados, em que o tumor já se espalhou para outras áreas ou está inoperável. Geralmente, é utilizada em combinação com a radioterapia (quimiorradioterapia), potencializando os efeitos de ambos os tratamentos.
Os medicamentos quimioterápicos atuam no controle do crescimento e na destruição das células cancerígenas. Apesar de eficaz, pode causar efeitos colaterais, como náuseas, queda de cabelo e fadiga, que são gerenciados com suporte médico.
As terapias-alvo representam um avanço significativo no tratamento dos tumores de cabeça e pescoço. Esses medicamentos modernos agem diretamente nas células tumorais, interferindo em processos específicos que promovem o crescimento e a sobrevivência do câncer.
Por serem mais precisos, esses tratamentos geralmente causam menos efeitos colaterais do que a quimioterapia tradicional. Exemplos incluem o uso de anticorpos monoclonais, que bloqueiam receptores nas células cancerígenas, impedindo sua multiplicação.
Os tumores da cabeça e pescoço exigem atenção especializada, já que o diagnóstico precoce pode fazer toda a diferença no tratamento e na recuperação.
Estar atento aos sinais do corpo e procurar um médico especialista em cabeça e pescoço ao notar algo incomum é o primeiro passo para cuidar da sua saúde.
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