Estima-se que 60% da população adulta brasileira tenha nódulos na tireoide em algum momento da vida. Esses nódulos geralmente são benignos, mas se crescerem o suficiente para causar sintomas pressionando as estruturas do pescoço, podem deixar os pacientes com uma escolha difícil:
Fazer uma cirurgia para remover parte ou toda a tireoide, o que requer anestesia geral, incisões e possivelmente tomar hormônio tireoidiano pelo resto da vida, ou sofrer com os sintomas.
A ablação por radiofrequência é uma alternativa eficaz, sem necessidade de cirurgia ou terapia hormonal. É um tratamento que usa calor para encolher os nódulos por dentro. A técnica, minimamente invasiva, utiliza um eletrodo com corrente alternada de alta frequência ou micro-ondas para causar lesão térmica (queimaduras) em tecidos moles levando à morte celular e encolhimento da parte afetada.
Ensaios clínicos envolvendo essa técnica para nódulos tireoidianos benignos mostraram uma redução significativa nos primeiros seis meses. Na maioria dos pacientes, os sintomas relacionados ao nódulo melhoraram significativamente ou desapareceram.
• Um procedimento minimamente invasivo
• Preserva o tecido tireoidiano saudável
• Realizada sob anestesia local com sedação sem necessidade de internação hospitalar
• Menor tempo de recuperação
• Sem cicatrizes visíveis
• Reduz o volume do nódulo com baixo índice de complicações
• Melhora a qualidade de vida
O procedimento é realizado sob anestesia local e sedação leve a moderada (medicação intravenosa), que ajudará o paciente permanecer confortável.
Um pequeno dispositivo, que é uma agulha que gera calor, é inserida sob orientação de um ultrassom. A agulha então, é reposicionada, pelo especialista, em vários pontos do nódulo, fazendo pequenas áreas de ablação (necrose coagulativa) ao longo de todo o nódulo. Esta agulha transmite um tipo de energia/calor, que é a radiofrequência.
A recuperação depende da cirurgia. As dissecções do pescoço para remover tumores podem exigir de dois a três dias no hospital se não houver complicações. Outras cirurgias podem exigir até uma semana hospitalar.
O paciente sai com um curativo e não precisa de sutura (ponto) porque a agulha é muito fina.
A resposta não é imediata. Os nódulos vão diminuindo em até seis meses, em média.